Acidente Vascular Cerebral
Acidente Vascular Cerebral
>O QUE É ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Também conhecido como acidente vascular encefálico, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é caracterizado pela interrupção abrupta no suprimento sanguíneo do cérebro de modo que o sangue não chegue onde deveria. Essa interrupção pode acontecer basicamente de duas maneiras: (1) por meio de um bloqueio direto do vaso pela presença de um coágulo resultando no chamado de AVC isquêmico; (2) por meio de um bloqueio indireto do sangue devido ao extravasamento do sangue resultando no chamado de AVC hemorrágico.Apesar de ser muito frequente entre os brasileiros (representando a segunda maior causa de morte no mundo), o AVC ainda é uma doença pouco compreendida pela população. Os diferentes tipos, a variedade de nomes e siglas e a falta de uma educação e conscientização sobre a doença acabam gerando muita confusão em torno do tema. Porém, a seguir, o acidente vascular cerebral será explicado didaticamente, para reduzir quaisquer dúvidas acerca desse conceito.
Quais são os tipos de AVC e seus sintomas.
Você sabia que existem diferentes tipos de AVC? Como mencionado acima, o AVC pode ser divido basicamente em dois tipos: isquêmico e hemorrágico.AVC Isquêmico:
Esse é o tipo mais comum de AVC podendo representar até 85% de todos os casos. No AVC isquêmico, o sangue é impedido de chegar ao final do seu trajeto devido à presença de um coágulo dentro da artéria que leva o sangue para o cérebro. Assim, o tecido cerebral que receberia esse sangue e o oxigênio nele presente evoluem com sofrimento e, caso não seja revertida a obstrução, o tecido cerebral acaba morrendo.Entre em contato
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A morte do tecido cerebral nesses casos recebe o nome de infarto ou isquemia, daí o nome deste tipo de AVC: isquêmico. O mecanismo de doença do AVC isquêmico muito se assemelha com o infarto agudo do miocárdio (IAM), porém, no caso do IAM, o trombo se localiza em uma artéria que leva o sangue para o coração. Os sintomas, normalmente, começam com uma paralisia repentina de um lado do corpo.
AVC Hemorrágico:
Esse tipo de AVC é menos frequente e, como seu próprio nome diz, decorre de uma hemorragia. Esse sangramento também acomete, ainda que indiretamente, a distribuição de oxigênio no cérebro. O AVC hemorrágico pode ser subdividido em dois: hemorragia intraparenquimatosa e hemorragia subaracnoide.Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP)
A título de conhecimento, esse AVC hemorrágico pode ser chamado de hematoma ou hemorragia intraparenquimatosa (HIP). O principal fator de risco para esse AVC hemorrágico é a pressão sanguínea elevada de forma crônica, isto é, a hipertensão arterial sistêmica. A pressão arterial continuamente elevada propicia a formação de microaneurismas em artérias extremamente pequenas e profundas localizadas dentro do tecido cerebral, ou seja, do parênquima cerebral. Quando esses microaneurismas sangram, existe o extravasamento de sangue no interior do parênquima causando a HIP. Vale ressaltar que ele é conhecido popularmente como “derrame”, fazendo alusão ao extravasamento de sangue dentro do cérebro. Os sintomas da HIP são idênticos aos sintomas do AVC Isquêmico, sendo impossível diferenciá-los apenas pelo quadro clínico da pessoa acometida. Para tal, é necessário a realização de exames de imagem.
Hemorragia subaracnoidea (HSA)
A outra variedade de AVC hemorrágico é chamada de hemorragia subaracnoidea (HSA). Esse tipo de hemorragia é causado devido ao sangramento de um aneurisma cerebral (para saber mais sobre "aneurisma cerebral” clique aqui). Para melhor compreensão da HSA, faz-se necessária a definição de alguns termos, a saber: meninges, aracnóide e espaço subaracnóide. O cérebro é revestido por uma proteção externa formada por três membranas chamadas, genericamente, de meninges. Essas camadas de meninges, por sua vez, possuem nomes específicos sendo a membrana externa denominada dura-máter, a intermediaria denominada aracnóide e a membrana interna denominada pia-máter. Entre a membrana intermediaria, aracnóide, e a membrana interna, pia-máter, existe um espaço denominado espaço subaranóide. Com efeito, quando um aneurisma cerebral rompe e sangra, existe o preenchimento do espaço subaracnóideo com sangue, dando origem à HSA, processo que explica a nomenclatura.
Qual a diferença entre Hemorragia subaracnoidea e hemorragia intraparenquimatosa?
Qual seria a diferença entre HSA e HIP visto que ambas são sangramentos intracranianos? A diferença entres elas está no local que acontece o sangramento. Enquanto na HSA o sangramento está presente no espaço subaracnóideo, na HIP o sangramento localiza-se dentro do parênquima. Portanto, um é externo ao parênquima (HSA) e outro é interno ao parênquima (HIP). Além disso, os sintomas também são diferentes no que se refere a essas duas doenças. No caso da HSA, o principal sintoma é a dor de cabeça intensa e súbita.
SINTOMAS E TRATAMENTOS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
SINTOMAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
A característica que mais deve chamar atenção para suspeita de AVC é a sua forma de apresentação repentina. Fique atento para os seguintes sinais:
- Paralisia de um dos lados da face;
- Queda da pálpebra;
- Alteração visual como perda visual e visão dupla, por exemplo;
- Perda ou diminuição da força de um dos lados do corpo;
- Perda ou diminuição da sensibilidade de um dos lados do corpo;
- Dificuldade para falar e/ou compreensão;
- Perda da coordenação motora;
- Incapacidade de reconhecer pessoas e lugares;
- Alteração de memória como dificuldade de lembrar acontecimentos recentes, por exemplo;
- Dificuldade para realizar cálculo, dificuldade para escrever e desorientação direita e esquerda.
- Desorientação de tempo e espaço como dificuldade de relatar o dia da semana ou descrever o endereço onde reside.
TRATAMENTO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
O tratamento do AVC varia conforme o tipo.
Quanto ao tratamento do AVC isquêmico, é importante ressaltar que, nos últimos anos, apresentou-se uma das maiores revoluções da medicina. Até poucos anos atrás, o único tratamento disponível para os casos de obstrução do vaso se dava por meio de uma medicação administrada na veia, chamada de trombolítico. Essa medicação é usada para dissolver o trombo, porém só pode ser realizada no intervalo de até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas. Vale acrescentar ainda que o referido procedimento possui uma eficácia limitada, além do risco de causar sangramento.
Atualmente, com o advento da neurointervenção, é possível realizar também, nos casos mais graves, a captura do coágulo mediante cateteres delicados que são guiados pelo interior das artérias até chegar na área afetada. Com a retirada do trombo, o fluxo do vaso é reestabelecido e, assim, impede-se a isquemia do cérebro. Essa técnica é conhecida como trombectomia mecânica e pode ser realizada, em alguns casos, até 24 horas após o início dos sintomas e, além de mais segura, também é mais efetiva, proporcionando ao paciente maior chance de recuperação.
Para os casos de hemorragia subaracnoidea, o tratamento é focado na oclusão do aneurisma, impedindo que este apresente um novo sangramento (para saber mais sobre "aneurisma cerebral” clique aqui).
Por fim, o tratamento da hemorragia intraparenquimatosa consiste basicamente no controle da pressão arterial impedindo, assim, que o sangramento não aumente e possa ser absorvido pelo próprio organismo. Nos casos mais graves, é possível que seja necessário algum tipo de intervenção cirúrgica, para drenar o hematoma ou para diminuir a pressão do cérebro.
PROCURE UM ESPECIALISTA
O acidente vascular cerebral é uma doença complexa, grave, com variadas opções de tratamento, e que necessita de assistência profissional altamente qualificada. Em caso de compatibilidade com os sintomas acima referidos ou a título de investigação preventiva, procure um médico especializado.Entre em contato com o Dr. Luiz Penzo – médico neurocirurgião especializado em tratamento de doenças cerebrovasculares.
O QUE É ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Também conhecido como acidente vascular encefálico, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é caracterizado pela interrupção abrupta no suprimento sanguíneo do cérebro de modo que o sangue não chegue onde deveria. Essa interrupção pode acontecer basicamente de duas maneiras: (1) por meio de um bloqueio direto do vaso pela presença de um coágulo resultando no chamado de AVC isquêmico; (2) por meio de um bloqueio indireto do sangue devido ao extravasamento do sangue resultando no chamado de AVC hemorrágico.Apesar de ser muito frequente entre os brasileiros (representando a segunda maior causa de morte no mundo), o AVC ainda é uma doença pouco compreendida pela população. Os diferentes tipos, a variedade de nomes e siglas e a falta de uma educação e conscientização sobre a doença acabam gerando muita confusão em torno do tema. Porém, a seguir, o acidente vascular cerebral será explicado didaticamente, para reduzir quaisquer dúvidas acerca desse conceito.
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Quais são os tipos de AVC e seus sintomas.
Você sabia que existem diferentes tipos de AVC? Como mencionado acima, o AVC pode ser divido basicamente em dois tipos: isquêmico e hemorrágico.AVC Isquêmico:
Esse é o tipo mais comum de AVC podendo representar até 85% de todos os casos. No AVC isquêmico, o sangue é impedido de chegar ao final do seu trajeto devido à presença de um coágulo dentro da artéria que leva o sangue para o cérebro. Assim, o tecido cerebral que receberia esse sangue e o oxigênio nele presente evoluem com sofrimento e, caso não seja revertida a obstrução, o tecido cerebral acaba morrendo. A morte do tecido cerebral nesses casos recebe o nome de infarto ou isquemia, daí o nome deste tipo de AVC: isquêmico. O mecanismo de doença do AVC isquêmico muito se assemelha com o infarto agudo do miocárdio (IAM), porém, no caso do IAM, o trombo se localiza em uma artéria que leva o sangue para o coração. Os sintomas, normalmente, começam com uma paralisia repentina de um lado do corpo.AVC Hemorrágico:
Esse tipo de AVC é menos frequente e, como seu próprio nome diz, decorre de uma hemorragia. Esse sangramento também acomete, ainda que indiretamente, a distribuição de oxigênio no cérebro. O AVC hemorrágico pode ser subdividido em dois: hemorragia intraparenquimatosa e hemorragia subaracnoide.Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP)
A título de conhecimento, esse AVC hemorrágico pode ser chamado de hematoma ou hemorragia intraparenquimatosa (HIP). O principal fator de risco para esse AVC hemorrágico é a pressão sanguínea elevada de forma crônica, isto é, a hipertensão arterial sistêmica. A pressão arterial continuamente elevada propicia a formação de microaneurismas em artérias extremamente pequenas e profundas localizadas dentro do tecido cerebral, ou seja, do parênquima cerebral. Quando esses microaneurismas sangram, existe o extravasamento de sangue no interior do parênquima causando a HIP. Vale ressaltar que ele é conhecido popularmente como “derrame”, fazendo alusão ao extravasamento de sangue dentro do cérebro. Os sintomas da HIP são idênticos aos sintomas do AVC Isquêmico, sendo impossível diferenciá-los apenas pelo quadro clínico da pessoa acometida. Para tal, é necessário a realização de exames de imagem.
Hemorragia subaracnoidea (HSA)
A outra variedade de AVC hemorrágico é chamada de hemorragia subaracnoidea (HSA). Esse tipo de hemorragia é causado devido ao sangramento de um aneurisma cerebral (para saber mais sobre "aneurisma cerebral” clique aqui). Para melhor compreensão da HSA, faz-se necessária a definição de alguns termos, a saber: meninges, aracnóide e espaço subaracnóide. O cérebro é revestido por uma proteção externa formada por três membranas chamadas, genericamente, de meninges. Essas camadas de meninges, por sua vez, possuem nomes específicos sendo a membrana externa denominada dura-máter, a intermediaria denominada aracnóide e a membrana interna denominada pia-máter. Entre a membrana intermediaria, aracnóide, e a membrana interna, pia-máter, existe um espaço denominado espaço subaranóide. Com efeito, quando um aneurisma cerebral rompe e sangra, existe o preenchimento do espaço subaracnóideo com sangue, dando origem à HSA, processo que explica a nomenclatura.
Qual a diferença entre Hemorragia subaracnoidea e hemorragia intraparenquimatosa?
Qual seria a diferença entre HSA e HIP visto que ambas são sangramentos intracranianos? A diferença entres elas está no local que acontece o sangramento. Enquanto na HSA o sangramento está presente no espaço subaracnóideo, na HIP o sangramento localiza-se dentro do parênquima. Portanto, um é externo ao parênquima (HSA) e outro é interno ao parênquima (HIP). Além disso, os sintomas também são diferentes no que se refere a essas duas doenças. No caso da HSA, o principal sintoma é a dor de cabeça intensa e súbita.
SINTOMAS E TRATAMENTOS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
SINTOMAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
A característica que mais deve chamar atenção para suspeita de AVC é a sua forma de apresentação repentina. Fique atento para os seguintes sinais:
- Paralisia de um dos lados da face;
- Queda da pálpebra;
- Alteração visual como perda visual e visão dupla, por exemplo;
- Perda ou diminuição da força de um dos lados do corpo;
- Perda ou diminuição da sensibilidade de um dos lados do corpo;
- Dificuldade para falar e/ou compreensão;
- Perda da coordenação motora;
- Incapacidade de reconhecer pessoas e lugares;
- Alteração de memória como dificuldade de lembrar acontecimentos recentes, por exemplo;
- Dificuldade para realizar cálculo, dificuldade para escrever e desorientação direita e esquerda.
- Desorientação de tempo e espaço como dificuldade de relatar o dia da semana ou descrever o endereço onde reside.
TRATAMENTO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
O tratamento do AVC varia conforme o tipo.
Quanto ao tratamento do AVC isquêmico, é importante ressaltar que, nos últimos anos, apresentou-se uma das maiores revoluções da medicina. Até poucos anos atrás, o único tratamento disponível para os casos de obstrução do vaso se dava por meio de uma medicação administrada na veia, chamada de trombolítico. Essa medicação é usada para dissolver o trombo, porém só pode ser realizada no intervalo de até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas. Vale acrescentar ainda que o referido procedimento possui uma eficácia limitada, além do risco de causar sangramento.
Atualmente, com o advento da neurointervenção, é possível realizar também, nos casos mais graves, a captura do coágulo mediante cateteres delicados que são guiados pelo interior das artérias até chegar na área afetada. Com a retirada do trombo, o fluxo do vaso é reestabelecido e, assim, impede-se a isquemia do cérebro. Essa técnica é conhecida como trombectomia mecânica e pode ser realizada, em alguns casos, até 24 horas após o início dos sintomas e, além de mais segura, também é mais efetiva, proporcionando ao paciente maior chance de recuperação.
Para os casos de hemorragia subaracnoidea, o tratamento é focado na oclusão do aneurisma, impedindo que este apresente um novo sangramento (para saber mais sobre "aneurisma cerebral” clique aqui).
Por fim, o tratamento da hemorragia intraparenquimatosa consiste basicamente no controle da pressão arterial impedindo, assim, que o sangramento não aumente e possa ser absorvido pelo próprio organismo. Nos casos mais graves, é possível que seja necessário algum tipo de intervenção cirúrgica, para drenar o hematoma ou para diminuir a pressão do cérebro.
PROCURE UM ESPECIALISTA
O acidente vascular cerebral é uma doença complexa, grave, com variadas opções de tratamento, e que necessita de assistência profissional altamente qualificada. Em caso de compatibilidade com os sintomas acima referidos ou a título de investigação preventiva, procure um médico especializado.Entre em contato com o Dr. Luiz Penzo – médico neurocirurgião especializado em tratamento de doenças cerebrovasculares.
Sobre o
Dr. Luiz Penzo
CRM: 31.281 / RQE: 23252
• 2005-2011: Faculdade de Medicina pela Universidade Federal da Grande Dourados, UFGD, Dourados, Brasil;
• 2013-2018: Residência médica em neurocirurgia pela Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil;
• 2018-2019: Fellowship em Neurorradiologia Intervencionista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, Curitiba Brasil;
• 2020: Observership em Neurorradiologia Intervencionista pela University Health network, UHN, no Toronto Western Hospital, Toronto, Canadá;
• Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
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