Estenose de Carótida
Estenose de Carótida
Estenose de carótida é uma das principais causas de acidente vascular encefálico (AVC) isquêmico. Para facilitar a compreensão desta patologia, faz-se necessário uma breve revisão da anatomia da artéria carótida.
ARTÉRIA CARÓTIDA
A artéria carótida é uma das principais artérias responsáveis pela nutrição da cabeça, incluindo o cérebro. O ser humano possui duas artérias carótidas dispostas uma de cada lado do corpo. A título de curiosidade, as demais artérias responsáveis pelo aporte sanguíneo craniano são as artérias vertebrais, também localizadas uma em cada lado do corpo. Sendo assim, existe uma artéria carótida e uma artéria vertebral à direita e à esquerda. A diferença entre elas se dá não somente no seu trajeto e calibre, como também na área que são responsáveis por nutrir. As artérias carótidas são mais calibrosas comparadas às vertebrais e localizam-se mais anteriormente no pescoço. Ao chegar no cérebro, são responsáveis por irrigar a maior parte do lobo frontal, parietal e temporal.Entre em contato
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A artéria carótida origina-se do arco aórtico, logo após emergir do coração, ascendendo pelo pescoço até chegar no cérebro onde irá se ramificar em outras artérias menores. Ao longo do seu trajeto, divide-se em duas partes. A primeira parte, formada por uma única artéria, recebe o nome de Artéria Carótida Comum, e a segunda parte, após se bifurcar em duas, recebe nomes específicos dependendo de qual região da cabeça irá nutrir.
Artéria Carótida Externa é a porção da artéria carótida responsável por nutrir a parte externa da cabeça, isto é, pele, músculo, osso, cartilagem e mucosa.
Artéria Carótida Interna é a porção da artéria carótida responsável por nutrir o cérebro, mostrando-se, por isso, a de maior importância clínica. Resumidamente, temos a artéria carótida comum que dá origem à artéria carótida externa e artéria carótida interna.
A porção imediatamente anterior e posterior à bifurcação, entre a artéria carótida comum e as artérias carótidas interna e externa, denomina-se bulbo carotídeo. Esta porção possui extrema relevância no contexto da estenose de carótida, visto que é justamente aqui o local mais frequentemente acometido.
Artéria Carótida Externa é a porção da artéria carótida responsável por nutrir a parte externa da cabeça, isto é, pele, músculo, osso, cartilagem e mucosa.
Artéria Carótida Interna é a porção da artéria carótida responsável por nutrir o cérebro, mostrando-se, por isso, a de maior importância clínica. Resumidamente, temos a artéria carótida comum que dá origem à artéria carótida externa e artéria carótida interna.
A porção imediatamente anterior e posterior à bifurcação, entre a artéria carótida comum e as artérias carótidas interna e externa, denomina-se bulbo carotídeo. Esta porção possui extrema relevância no contexto da estenose de carótida, visto que é justamente aqui o local mais frequentemente acometido.
O QUE É ESTENOSE DE CARÓTIDA?
A estenose de carótida, também conhecida como estenose carotídea, é a redução da luz de um vaso, no caso, da artéria carótida. Esse estreitamento pode ocorrer por diversas causas, a saber:
- Aterosclerose: principal causa de estenose de carótida e que será discutida detalhadamente abaixo
- Dissecção arterial: A dissecção arterial é uma lesão que ocorre na camada interna de uma artéria e, consequentemente, permite entrada de parte do sangue que anteriormente se deslocava na luz normal do vaso passando, portanto, a se deslocar para o interior dessa camada lesada. Assim, desenvolve-se um caminho anormal do sangue entre as camadas do vaso e, à medida que o sangue entra, a camada mais interna desloca-se para dentro causando o estreitamento da luz da artéria. A dissecção pode ocorrer de forma espontânea ou decorrente de um trauma. É uma causa menos frequente de estenose de carótida, porém ganha destaque na população jovem, porquanto é mais incidente nessa população.
- Malformação congênita ou doença congênita: na malformação congênita, a pessoa pode apresentar uma estenose desde o nascimento em um trecho ou em toda a artéria, ou até mesmo o não desenvolvimento da artéria (agenesia). Nesses casos, porém, não existe uma progressão ou piora com o passar dos anos. Uma doença genética, por sua vez, a exemplo da fibrodisplasia, pode causar estenose em vários pontos da carótida e piorar com o passar dos anos.
- Variação anatômica: variação anatômica são pequenas alterações de formato que não causam repercussão fisiológica, isto é, não são patológicas. Isso se explica a partir da assimetria do corpo humano, inclusive de seus vasos sanguíneos, nos quais é completamente possível a existência de alguns mais estreitos do que outros (hipoplasia), sem representar uma doença.
Como a principal causa de estenose de carótida é decorrente da aterosclerose, o excerto abaixo é destinado para maior esclarecimento da estenose de carótida decorrente da aterosclerose.
O QUE É ATEROSCLEROSE?
Aterosclerose é a principal causa de estenose de artéria carótida, caracterizada pelo espessamento patológico da camada mais interna desse vaso. Esse espessamento é causado por placas de gordura chamadas de placas de aterosclerose ou ateroma.
A Aterosclerose é uma doença crônica e progressiva, isto é, não pode ser curada, mas é controlável. Além disso, é importante ressaltar que a aterosclerose acomete vasos de médio e grande calibre em todo o corpo – acometimento sistêmico – portanto, envolve não somente a carótida, mas também outras artérias importantes, como a do coração, por exemplo.
Embora a placa de aterosclerose possa permanecer estável por vários anos, ainda que não cresça em extensão, ela pode causar grandes problemas!
ATEROSCLEROSE E O AVC
A aterosclerose representa até 15% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. E como a aterosclerose causa o AVC? A aterosclerose pode causar o AVC isquêmico por meio de diversos mecanismos, dentre os quais se destacam:
Hipofluxo: com o crescimento da placa, existe a estenose do vaso e, assim, a redução do fluxo sanguíneo para o cérebro causando um fenômeno chamado de hipofluxo. Em determinadas circunstâncias, o hipofluxo pode ser intenso ao ponto de não nutrir o cérebro de forma adequada e causar o AVC.
Oclusão da carótida: a estenose causada pelas placas pode ser de tamanha dimensão ao ponto de fechar completamente a artéria carótida e causar, assim, a interrupção do sangue para o cérebro, resultando no AVC.
Oclusão da carótida: a estenose causada pelas placas pode ser de tamanha dimensão ao ponto de fechar completamente a artéria carótida e causar, assim, a interrupção do sangue para o cérebro, resultando no AVC.
Embolia da placa: é possível haver o desprendimento de pequenas partes da placa de aterosclerose que se deslocam distalmente até chegar em uma artéria intracraniana causando sua oclusão e o AVC
Tromboembolia: é possível haver um processo inflamatório intenso na placa de aterosclerose com acúmulo de células responsável por coagulação e, assim, a formação de um trombo que, ao desprender-se da placa, se desloca distalmente até chegar em uma artéria intracraniana causando sua oclusão e o AVC.
Tromboembolia: é possível haver um processo inflamatório intenso na placa de aterosclerose com acúmulo de células responsável por coagulação e, assim, a formação de um trombo que, ao desprender-se da placa, se desloca distalmente até chegar em uma artéria intracraniana causando sua oclusão e o AVC.
SINTOMAS DA ESTENOSE DE CARÓTIDA
A estenose de carótida geralmente é assintomática, isto é, não causa sintomas. E este fato é certamente o maior vilão nesse contexto. Quando um paciente sente dor, facilmente adere ao tratamento orientado; porém, como no caso da estenose de carótida, decorrente do processo de aterosclerose que não demonstra nenhum sintoma, as pessoas – em sua maioria – acreditam estar saudáveis e livres de qualquer consequência. Porém, esse é um ledo engano. Com sua evolução insidiosa, a estenose de carótida pode progredir sem causar nenhum sintoma até sua primeira manifestação ser um desastroso AVC, causando grave comprometimento na qualidade de vida de uma pessoa. Por isso, faz-se necessária de forma rotineira a avaliação médica seriada e check-up de exames para, assim, determinar a necessidade de uma investigação mais acurada ou mesmo de encaminhamento para um profissional especializado.
Às vezes, antes do AVC propriamente dito, é possível haver um alerta vermelho de algo que não está certo. As alterações neurológicas – como perda de força e/ou alterações visuais – que melhoram em menos de 24 horas são chamadas de ataque isquêmico transitório (AIT). Tais alterações são um alerta para procurar ajuda o quanto antes. Nesses casos, a busca por um profissional especializado já se faz necessária.
Existe inclusive uma classificação que leva em consideração exatamente o histórico de sintomas. A estenose carotídea em uma pessoa que já apresentou algum episódio de AIT ou AVC é classificada como estenose de carótida sintomático. Nos pacientes que nunca tiveram nenhum tipo de evento isquêmico cerebrovascular, é classificada como estenose de carótida assintomática.
O diagnóstico pode ser feito mediante angiotomografia por Tomografia Computadorizada (aTC), angiorressonância por Ressonância Magnética (aRM), ou por arteriografia por meio de cateterismo.
TRATAMENTO DA ESTENOSE DE CARÓTIDA
O objetivo principal do tratamento da estenose de carótida é, obviamente, prevenir o AVC. O tratamento ideal dependerá de variáveis, sendo as principais: o grau de obstrução das artérias carótidas e a existência de sintomas.
O tratamento pode ser divido em duas formas:
- Conservador: mudança de hábitos de vida + tratamento medicamentoso;
- Cirúrgico: cirurgia convencional aberta ou cirurgia endovascular;
CONSEVADOR
Mudança de Hábitos de VidaTodo hábito de vida saudável ajuda a impedir a progressão da aterosclerose e da estenose de carótida. Dentre as principais medidas, destacam-se:
- Parar de fumar;
- Perder peso;
- Alimentação saudável;
- Reduzir ingesta do sal;
- Atividade física.
Tratamento medicamentoso
As medicações que atuam no combate da progressão da aterosclerose são:
- Antiagregantes (como AAS e clopidogrel): atuam reduzindo o processo inflamatório e a formação de trombos na placa de aterosclerose.
- Estarias (como Sinvastatina, Rosuvastatina): atuam estabilizando a placa de aterosclerose impedindo que ela cresça e, também, se desprenda.
- Outras medicações adjuvantes: medicações que atuam no combate da hipertensão arterial, do diabetes, do colesterol e triglicérides, e do estresse.
CIRÚRGICO
Tratamento Cirúrgico Convencional AbertoRealizado mediante uma incisão, isto é, um corte na região do pescoço seguido pela dissecção do tecido muscular até exposição da artéria carótida. Ao expor o vaso, é realizada abertura da carótida e retirada da placa de aterosclerose, restaurando o fluxo adequado do vaso.
Tratamento Cirúrgico Endovascular
Realizado mediante uma punção na artéria femoral ao nível da virilha, seguido da introdução de cateter que leva um stent ate à região da artéria carótida acometida pela placa de aterosclerose e então liberado, aumentando, assim, o diâmetro do vaso e restaurando o fluxo sanguíneo adequado.
PROCURE UM ESPECIALISTA
A estenose de carótida é uma doença complexa, com variadas opções de tratamento, e que necessita de assistência profissional altamente qualificada. Em caso de compatibilidade com os sintomas acima referidos ou a título de investigação preventiva, procure um médico especializado.Entre em contato com o Dr. Luiz Penzo, médico neurocirurgião especializado em tratamento de doenças cerebrovasculares.
Estenose de carótida é uma das principais causas de acidente vascular encefálico (AVC) isquêmico. Para facilitar a compreensão desta patologia, faz-se necessário uma breve revisão da anatomia da artéria carótida.
ARTÉRIA CARÓTIDA
A artéria carótida é uma das principais artérias responsáveis pela nutrição da cabeça, incluindo o cérebro. O ser humano possui duas artérias carótidas dispostas uma de cada lado do corpo. A título de curiosidade, as demais artérias responsáveis pelo aporte sanguíneo craniano são as artérias vertebrais, também localizadas uma em cada lado do corpo. Sendo assim, existe uma artéria carótida e uma artéria vertebral à direita e à esquerda. A diferença entre elas se dá não somente no seu trajeto e calibre, como também na área que são responsáveis por nutrir. As artérias carótidas são mais calibrosas comparadas às vertebrais e localizam-se mais anteriormente no pescoço. Ao chegar no cérebro, são responsáveis por irrigar a maior parte do lobo frontal, parietal e temporal.Entre em contato
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e em breve entraremos em contato.
A artéria carótida origina-se do arco aórtico, logo após emergir do coração, ascendendo pelo pescoço até chegar no cérebro onde irá se ramificar em outras artérias menores. Ao longo do seu trajeto, divide-se em duas partes. A primeira parte, formada por uma única artéria, recebe o nome de Artéria Carótida Comum, e a segunda parte, após se bifurcar em duas, recebe nomes específicos dependendo de qual região da cabeça irá nutrir.
Artéria Carótida Externa é a porção da artéria carótida responsável por nutrir a parte externa da cabeça, isto é, pele, músculo, osso, cartilagem e mucosa.
Artéria Carótida Interna é a porção da artéria carótida responsável por nutrir o cérebro, mostrando-se, por isso, a de maior importância clínica. Resumidamente, temos a artéria carótida comum que dá origem à artéria carótida externa e artéria carótida interna.
A porção imediatamente anterior e posterior à bifurcação, entre a artéria carótida comum e as artérias carótidas interna e externa, denomina-se bulbo carotídeo. Esta porção possui extrema relevância no contexto da estenose de carótida, visto que é justamente aqui o local mais frequentemente acometido.
Artéria Carótida Externa é a porção da artéria carótida responsável por nutrir a parte externa da cabeça, isto é, pele, músculo, osso, cartilagem e mucosa.
Artéria Carótida Interna é a porção da artéria carótida responsável por nutrir o cérebro, mostrando-se, por isso, a de maior importância clínica. Resumidamente, temos a artéria carótida comum que dá origem à artéria carótida externa e artéria carótida interna.
A porção imediatamente anterior e posterior à bifurcação, entre a artéria carótida comum e as artérias carótidas interna e externa, denomina-se bulbo carotídeo. Esta porção possui extrema relevância no contexto da estenose de carótida, visto que é justamente aqui o local mais frequentemente acometido.
O QUE É ESTENOSE DE CARÓTIDA?
A estenose de carótida, também conhecida como estenose carotídea, é a redução da luz de um vaso, no caso, da artéria carótida. Esse estreitamento pode ocorrer por diversas causas, a saber:
- Aterosclerose: principal causa de estenose de carótida e que será discutida detalhadamente abaixo
- Dissecção arterial: A dissecção arterial é uma lesão que ocorre na camada interna de uma artéria e, consequentemente, permite entrada de parte do sangue que anteriormente se deslocava na luz normal do vaso passando, portanto, a se deslocar para o interior dessa camada lesada. Assim, desenvolve-se um caminho anormal do sangue entre as camadas do vaso e, à medida que o sangue entra, a camada mais interna desloca-se para dentro causando o estreitamento da luz da artéria. A dissecção pode ocorrer de forma espontânea ou decorrente de um trauma. É uma causa menos frequente de estenose de carótida, porém ganha destaque na população jovem, porquanto é mais incidente nessa população.
- Malformação congênita ou doença congênita: na malformação congênita, a pessoa pode apresentar uma estenose desde o nascimento em um trecho ou em toda a artéria, ou até mesmo o não desenvolvimento da artéria (agenesia). Nesses casos, porém, não existe uma progressão ou piora com o passar dos anos. Uma doença genética, por sua vez, a exemplo da fibrodisplasia, pode causar estenose em vários pontos da carótida e piorar com o passar dos anos.
- Variação anatômica: variação anatômica são pequenas alterações de formato que não causam repercussão fisiológica, isto é, não são patológicas. Isso se explica a partir da assimetria do corpo humano, inclusive de seus vasos sanguíneos, nos quais é completamente possível a existência de alguns mais estreitos do que outros (hipoplasia), sem representar uma doença.
Como a principal causa de estenose de carótida é decorrente da aterosclerose, o excerto abaixo é destinado para maior esclarecimento da estenose de carótida decorrente da aterosclerose.
O QUE É ATEROSCLEROSE?
Aterosclerose é a principal causa de estenose de artéria carótida, caracterizada pelo espessamento patológico da camada mais interna desse vaso. Esse espessamento é causado por placas de gordura chamadas de placas de aterosclerose ou ateroma.
A Aterosclerose é uma doença crônica e progressiva, isto é, não pode ser curada, mas é controlável. Além disso, é importante ressaltar que a aterosclerose acomete vasos de médio e grande calibre em todo o corpo – acometimento sistêmico – portanto, envolve não somente a carótida, mas também outras artérias importantes, como a do coração, por exemplo.
Embora a placa de aterosclerose possa permanecer estável por vários anos, ainda que não cresça em extensão, ela pode causar grandes problemas!
ATEROSCLEROSE E O AVC
A aterosclerose representa até 15% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. E como a aterosclerose causa o AVC? A aterosclerose pode causar o AVC isquêmico por meio de diversos mecanismos, dentre os quais se destacam:
Hipofluxo: com o crescimento da placa, existe a estenose do vaso e, assim, a redução do fluxo sanguíneo para o cérebro causando um fenômeno chamado de hipofluxo. Em determinadas circunstâncias, o hipofluxo pode ser intenso ao ponto de não nutrir o cérebro de forma adequada e causar o AVC.
Oclusão da carótida: a estenose causada pelas placas pode ser de tamanha dimensão ao ponto de fechar completamente a artéria carótida e causar, assim, a interrupção do sangue para o cérebro, resultando no AVC.
Embolia da placa: é possível haver o desprendimento de pequenas partes da placa de aterosclerose que se deslocam distalmente até chegar em uma artéria intracraniana causando sua oclusão e o AVC
Tromboembolia: é possível haver um processo inflamatório intenso na placa de aterosclerose com acúmulo de células responsável por coagulação e, assim, a formação de um trombo que, ao desprender-se da placa, se desloca distalmente até chegar em uma artéria intracraniana causando sua oclusão e o AVC.
SINTOMAS DA ESTENOSE DE CARÓTIDA
A estenose de carótida geralmente é assintomática, isto é, não causa sintomas. E este fato é certamente o maior vilão nesse contexto. Quando um paciente sente dor, facilmente adere ao tratamento orientado; porém, como no caso da estenose de carótida, decorrente do processo de aterosclerose que não demonstra nenhum sintoma, as pessoas – em sua maioria – acreditam estar saudáveis e livres de qualquer consequência. Porém, esse é um ledo engano. Com sua evolução insidiosa, a estenose de carótida pode progredir sem causar nenhum sintoma até sua primeira manifestação ser um desastroso AVC, causando grave comprometimento na qualidade de vida de uma pessoa. Por isso, faz-se necessária de forma rotineira a avaliação médica seriada e check-up de exames para, assim, determinar a necessidade de uma investigação mais acurada ou mesmo de encaminhamento para um profissional especializado.
Às vezes, antes do AVC propriamente dito, é possível haver um alerta vermelho de algo que não está certo. As alterações neurológicas – como perda de força e/ou alterações visuais – que melhoram em menos de 24 horas são chamadas de ataque isquêmico transitório (AIT). Tais alterações são um alerta para procurar ajuda o quanto antes. Nesses casos, a busca por um profissional especializado já se faz necessária.
Existe inclusive uma classificação que leva em consideração exatamente o histórico de sintomas. A estenose carotídea em uma pessoa que já apresentou algum episódio de AIT ou AVC é classificada como estenose de carótida sintomático. Nos pacientes que nunca tiveram nenhum tipo de evento isquêmico cerebrovascular, é classificada como estenose de carótida assintomática.
O diagnóstico pode ser feito mediante angiotomografia por Tomografia Computadorizada (aTC), angiorressonância por Ressonância Magnética (aRM), ou por arteriografia por meio de cateterismo.
TRATAMENTO DA ESTENOSE DE CARÓTIDA
O objetivo principal do tratamento da estenose de carótida é, obviamente, prevenir o AVC. O tratamento ideal dependerá de variáveis, sendo as principais: o grau de obstrução das artérias carótidas e a existência de sintomas.
O tratamento pode ser divido em duas formas:
- Conservador: mudança de hábitos de vida + tratamento medicamentoso;
- Cirúrgico: cirurgia convencional aberta ou cirurgia endovascular;
CONSEVADOR
Mudança de Hábitos de VidaTodo hábito de vida saudável ajuda a impedir a progressão da aterosclerose e da estenose de carótida. Dentre as principais medidas, destacam-se:
- Parar de fumar;
- Perder peso;
- Alimentação saudável;
- Reduzir ingesta do sal;
- Atividade física.
Tratamento medicamentoso
As medicações que atuam no combate da progressão da aterosclerose são:
- Antiagregantes (como AAS e clopidogrel): atuam reduzindo o processo inflamatório e a formação de trombos na placa de aterosclerose.
- Estarias (como Sinvastatina, Rosuvastatina): atuam estabilizando a placa de aterosclerose impedindo que ela cresça e, também, se desprenda.
- Outras medicações adjuvantes: medicações que atuam no combate da hipertensão arterial, do diabetes, do colesterol e triglicérides, e do estresse.
CIRÚRGICO
Tratamento Cirúrgico Convencional AbertoRealizado mediante uma incisão, isto é, um corte na região do pescoço seguido pela dissecção do tecido muscular até exposição da artéria carótida. Ao expor o vaso, é realizada abertura da carótida e retirada da placa de aterosclerose, restaurando o fluxo adequado do vaso.
Tratamento Cirúrgico Endovascular
Realizado mediante uma punção na artéria femoral ao nível da virilha, seguido da introdução de cateter que leva um stent ate à região da artéria carótida acometida pela placa de aterosclerose e então liberado, aumentando, assim, o diâmetro do vaso e restaurando o fluxo sanguíneo adequado.
PROCURE UM ESPECIALISTA
A estenose de carótida é uma doença complexa, com variadas opções de tratamento, e que necessita de assistência profissional altamente qualificada. Em caso de compatibilidade com os sintomas acima referidos ou a título de investigação preventiva, procure um médico especializado.Entre em contato com o Dr. Luiz Penzo, médico neurocirurgião especializado em tratamento de doenças cerebrovasculares.
Sobre o
Dr. Luiz Penzo
CRM: 31.281 / RQE: 23252
• 2005-2011: Faculdade de Medicina pela Universidade Federal da Grande Dourados, UFGD, Dourados, Brasil;
• 2013-2018: Residência médica em neurocirurgia pela Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, Brasil;
• 2018-2019: Fellowship em Neurorradiologia Intervencionista pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, Curitiba Brasil;
• 2020: Observership em Neurorradiologia Intervencionista pela University Health network, UHN, no Toronto Western Hospital, Toronto, Canadá;
• Membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.