VANTAGENS DA NEUROINTERVENÇÃO

Certamente um dos destaques para neurointervenção é o fato de ser menos invasiva comparada às técnicas convencionais. Como exemplo, observa-se o caso dos aneurismas cerebrais: ao passo que a técnica clássica, usada antigamente, consiste em realizar um corte na cabeça do indivíduo envolvendo pele, musculatura, retirada de parte da calota craniana, abertura da membrana dura-máter e, então, dissecção do cérebro até chegar ao aneurisma e implantar um clipe, a neurointervenção permite acessar o aneurisma através de cateteres que são guiados pelas artérias, sem qualquer corte na pele do paciente ou manipulação do tecido cerebral.

Consequentemente, na neurointervenção, por ser menos invasiva, a recuperação é mais rápida e o tempo de internação é menor.

Além disso, as complicações são menores por vários fatores. Não há manipulação do tecido cerebral e nem dos nervos cranianos diminuindo os danos diretos. A ausência de cortes na cabeça diminui risco de fístulas liquóricas e infecção pós-operatória. Ademais, em casos de idosos e/ou pessoas com doenças prévias, a somatória dos fatores acima citados – associados a um tempo cirúrgico menor – diminui a chance de complicação ligada às doenças de base. Logo, um paciente com doença no coração é mais difícil de ter um infarto em uma cirurgia de neurointervenção se comparado à cirurgia convencional.

Por fim, porém não menos importante, destaca-se a maior eficácia: melhores resultados na neurointervenção. Vários trabalhos já demonstraram, em diversas situações, para os pacientes com aneurisma cerebral, a superioridade da neurointervenção frente a cirurgia convencional. Também, ressalta-se a revolução que a neurointervenção proporcionou recentemente no tratamento do acidente vascular cerebral (AVC): permitindo que casos mais graves com presença de trombos que obstruem grandes artérias nutridoras do cérebro sejam resgatado através da trombectomia mecânica.

Resumidamente, eis as vantagens da neurointervenção: